Apoio para a maricultura fluminense 

Créditos: Divulgação FIPERJ.

A produção de organismos marinhos para o consumo é chamada de maricultura, um ramo da aquicultura.  Com recursos do Projeto Pesquisa Marinha e Pesqueira, a Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (FIPERJ) pode investir em estrutura para melhor apoiar a cadeia produtiva da atividade no estado. Um dos objetivos do projeto Apoio à Execução do Planejamento Estratégico da Aquicultura Costeira foi o fortalecimento institucional e a restruturação da Estação Experimental de Aquicultura Almirante Paulo Moreira (EEAAPM), para transformá-la em centro de apoio, análises e pesquisas na área de maricultura, por meio de serviços e da compra de equipamentos. A unidade de pesquisa e produção da FIPERJ está localizada na cidade do Rio de Janeiro, próxima da Reserva Biológica de Guaratiba.  

Felipe Landuci, ex-pesquisador da FIPERJ e hoje professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que o fortalecimento institucional é importante para manter a qualidade do serviço prestado para a sociedade, possibilita criar tecnologias de cultivo e apoiar o desenvolvimento das iniciativas já existentes.  Tenho certeza de que nessa nova fase a estação voltará a figurar como um destacado centro de aquicultura e geração de tecnologias, atraindo pesquisadores, estudantes, técnicos, produtores e vários outros atores sociais da cadeia da maricultura e de outras atividades do Rio de Janeiro, Brasil e do mundo. Prevejo uma nova fase de avanços possibilitados pela confiança e recursos investidos”, afirma Landuci, que atuou na coordenação do projeto de cooperação técnica do início em 2022 até abril de 2024.  

Créditos: Divulgação FIPERJ.
Créditos: Divulgação FIPERJ.

O projeto proporcionou uma série de benefícios para a Estação Experimental, como: a criação de um laboratório de qualidade de água, além de equipar o laboratório de produção de alimentos inertes. Foram construídos dois sistemas de recirculação, um para experimentos relacionados a nutrição, buscando a inclusão de ingredientes de origem vegetal na dieta de peixes e um sistema de cultivo de diferentes espécies de peixes, moluscos e algas, em conjunto, chamado de cultivo multitrófico. Uma ótima solução para evitar o desperdício de alimento e otimizar as áreas e estruturas de cultivo. 

A chegada do recurso também permitiu uma reforma de toda a parte elétrica e do telhado da estação, que antes causava infiltrações. As salas administrativas e de pesquisa do escritório regional, que atende a área de Guaratiba e Zona Oeste Fluminense, ganharam equipamentos de ar-condicionado. Além da aquisição de equipamentos de manutenção como roçadeiras, motosserras e soprador para o controle da vegetação.  

Créditos: Divulgação FIPERJ.
Créditos: Divulgação FIPERJ.

“O projeto, além de preparar a estação para servir de apoio para as atividades de aquicultura no Estado do Rio de Janeiro, também permitiu equipar os Escritórios Regionais ao longo das regiões administrativas da Costa Verde, Metropolitana e Baixadas Litorâneas com aquisição de veículos e uma embarcação nova, a manutenção da frota da FIPERJ, equipamentos diversos para análise de qualidade de água, coleta de plâncton e outros insumos e materiais que apoiam a continuidade e melhoria dos serviços de extensão”, afirma Landuci.    

Desde então, com a reforma e as demais ações de fortalecimento institucional presentes no projeto, a instituição pode aumentar seu monitoramento ambiental nas regiões da Costa Verde, Metropolitana e Região dos Lagos, além de investigar as causas da mortalidade de vieiras, problema recorrente nessas áreas.   A FIPERJ é um órgão da Secretaria de Governo do estado para fomentar o desenvolvimento sustentável da aquicultura e pesca fluminense. 

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