Monumento Natural (MONA)
do Arquipélago das Ilhas Cagarras

O que é?

O Monumento Natural das Ilhas Cagarras, mais conhecido como MONA Cagarras, foi criado pela Lei 12.22925, em 2010. É uma Unidade de Conservação de Proteção Integral situada à aproximadamente 5 km da orla da praia de Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro. É composto pelas ilhas Cagarras, Palmas, Comprida e Redonda e as ilhotas Filhote da Cagarras e Filhote da Redonda, e inclui uma área de dez metros da área marinha que as rodeia, totaliza 105,93 hectares.

O objetivo maior da sua criação foi “a preservação dos remanescentes do ecossistema insular do domínio da Mata Atlântica, os refúgios e áreas de nidificação de aves marinhas migratórias e a beleza cênica local”. Em outras palavras, proteger as ilhas por sua beleza natural e função ecológica, pois serve como abrigo de diferentes espécies de aves, que descansam e fazem seus ninhos ali, entre tantas outras espécies marinhas que frequentam ou habitam as ilhas e seu entorno.

Por que preservar essa área?

Há décadas, o arquipélago das Ilhas Cagarras vem sendo utilizado para o turismo, como as atividades de mergulho e caça subaquática, além da pesca, com diferentes frotas pesqueiras do litoral sudeste do país atuando ao seu redor. Tanto essas atividades quanto os impactos causados pela urbanização da cidade do Rio de Janeiro, como a presença de emissários urbanos, a realização de dragagens, o descarte de sedimentos e o tráfego intenso de embarcações comerciais, inclusive navios de grande porte, vêm interferindo negativamente nos ecossistemas das ilhas.

Apesar das ameaças constantes, grupos de pesquisa que atuam nas Ilhas Cagarras ressaltam a presença de diversas espécies da fauna marinha e terrestre, como as inúmeras colônias de aves migratórias, corais e ecossistemas associados, grupos de cetáceos que vão às ilhas para alimentação e a presença das próprias ilhas, consideradas como áreas remanescentes da Mata Atlântica.

A criação e implementação desta área protegida, com suas características legais mais restritivas, são de extrema importância para que no médio e longo prazo as Ilhas Cagarras possam apresentar um novo cenário frente à conservação dos seus recursos naturais, servindo de modelo para projetos de conservação que se iniciem em centros urbanos.

Como esse Projeto está contribuindo para a conservação da biodiversidade?

Está contribuindo para a articulação e a organização do trabalho do Conselho Consultivo da UC e para o aumento da fiscalização e do monitoramento da área, por meio da aquisição de equipamentos fundamentais para a boa gestão da UC.

Além disso, visa também erradicar as espécies exóticas invasoras presentes nas ilhas e instalar equipamentos que aumentem o uso público e que fortaleçam a sua imagem externa, buscando influenciar o maior número de pessoas sobre a importância da conservação ambiental desses ecossistemas.

Alguns resultados

Além da compra de equipamentos que estruturaram as ações de fiscalização e monitoramento do MONA Cagarras, uma versão do Plano de Manejo foi elaborada por meio da realização de seis oficinas ao longo do ano de 2018, conduzidas por servidores do ICMBio do Rio de Janeiro. Participaram das oficinas os integrantes do Conselho Consultivo, além de outras pessoas e instituições envolvidas com essa Unidade de Conservação, totalizando 36 pessoas, entre conselheiros e convidados, representando 23 instituições da sociedade local. Além disso, este Projeto tem proporcionado a demarcação de trilhas nas ilhas que abrangem o MONA Cagarras, bem como atividades voltadas à Educação Ambiental, eventos de promoção e visibilidade da área, desenvolvimento de aplicativo para que os visitantes da Unidade destaquem sua relevância e riqueza, em relação à fauna, flora e geomorfologia.

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